16.6.08

Uma reunião extraordinária e outras coisas


Mesmo sem grande vontade, após um jogo que os nossos emigrantes na Suiça não irão esquecer, aqui estou para trazer mais novidades.

Começo pelas já passadas, de que não houve oportunidade de trazer em tempo útil.

- Em primeiro lugar fica a notícia, para os mais distraídos, da presença dos inspectores da PJ na CMS para mais uma sessão de interrogatórios respeitantes ao caso "Matadouro/Celas" (no Correio da Manhã e no Observatório do Algarve).

- Das Marchas Populares e dos Desfiles de Moda, para inglês ver, e que a breve prazo pagaremos, em taxas, licenças ou facturas da água (não tenham disso dúvidas!), quando há muitos que ainda esperam por ver pago o que lhe devem, já têm por certo conhecimento.

- Mas enquanto alguns sacodem os problemas assim (com circo, mas sem pão), outros saem à rua, protestam, porque a vida para eles começa a ser impossível: dia 17 de Junho, pelas 18 horas, por todo o Algarve, mas também em Silves, os que ainda não desistiram, estarão na rua para uma moção de censura popular (um buzinão) contra a carestia de vida, enfim, passo a expressão, contra a merda de vida que aí está, para português ver.

Entretanto, por aqui ficaremos terça-feira, dia 17, com uma reunião extraordinária solicitada pela Oposição (iniciativa do PS a que aderi) para melhor esclarecimento das relações contratuais estabelecidas pela CMS com alguns fornecedores de bens e serviços em 2004-05 que, sendo também grandes credores da autarquia, poderão eventualmente configurar, conforme já foi referido na comunicação social, citando o responsável da própria Viga d'Ouro, novos casos Viga d'Ouro.

Quarta-feira, dia 18, mais uma reunião ordinária. Da sua O.T. vos darei conhecimento em próximo post.
P.S.(dia 16)- Li agora no Região Sul on-line que a CMS (melhor, o executivo permanente, porque o resto não foi sequer consultado) resolveu dar início hoje à auditoria aos contratos lançados entre 2004 e 2006 (conforme deliberação camarária de 11 de Agosto de 2006!) adjudicando-a à firma de advogados já de todos conhecida, a PLMJ. Pelo menos dois comentários a esta decisão: primeiro, um concurso para adjudicação de uma auditoria deliberada unanimemente pelo colectivo camarário não merece deliberação em reunião camarária, embora um mero muro de vedação tenha tal tratamento; segundo, timing perfeito, já que amanhã, dia 17, realiza-se uma reunião extraordinária da câmara que tem como principal assunto saber se há ou não, como acima referi, outras empresas que se relacionaram com a autarquia através de adjudicações directas menos claras. Esperemos que o material não entre em segredo de justiça ou, passo o neologismo, segredo de auditor! Finalmente, convém ainda lembrar aos mais distraídos que a PLMJ assegura, simultaneamente, a defesa deste executivo permanente no pleito que mantém com a Viga d'Ouro para alegadamente reaver uma eventual sobre-facturação (ver actualização do Região Sul). E esta, hein!?


7 comentários:

Anónimo disse...

Não devemos ser péssimistas, mas com o panorama que temos, honestamente, optimistas também não podemos ser.
Resta-nos vegetar, esperando que o destino se encarregue de nos trazer alguma mudança, sim, porque com os políticos que temos, não vamos a parte nenhuma.
Tudo morre, tudo está decadente, as mentalidades são doentias e com este clima não é possível esperar que as nossa vidas se alterem.
A agricultura desapareceu o que, aliás, sempre foi objectivo dos sucessivos governos. O comércio deixou de existir face às grandes superfícies e mercê das políticas dos sucessivos governos. As indústrias estão exaustas devido das más políticas dos sucessivos governos.
A indústria do turismo para lá caminha, porque outro destino não pode ter, face ao extinto poder de compra dos portugueses, que já nem conseguem arranjar para comer.
O desemprego lança na miséria milhares e milhares de portugueses.
Com a crise e a especulação dos combustíveis, com as políticas que estão a ser implementadas a nível nacional e não só, apenas temos que esperar miséria, fome, corrupção, roubo, criminalidade, prostituição, etc.etc. Está à vista.
Não percebo como será possível esperar para Silves, algum bem estar para as populações, num clima tão desfavorável.
O executivo que temos não presta.
Está moribundo.
Silves é uma concelho do quarto mundo.
Que pena!

O cheiro a cadáveres políticos é demasiado forte.


Quando há decisão política, não há crime misterioso nem crime perfeito e, em conseqüência, não há criminoso sem punição. (José Aparecido de Oliveira )

Anónimo disse...

Sr. Vereador,
sabe alguam coisa desta noticia que saiu na imprensa (À espera de licenciamento está também um outlet - espécie de centro comercial com produtos fora de época, mais acessíveis - em Silves (14 500 metros)?
Onde será implantado? Na cidade de Silves?
Obrigado.

Manuel Ramos disse...

Caro leitor,
Penso que é em Alcantarilha, mas não garanto.

Anónimo disse...

Caro Amigo Manuel Ramos

À parte do aproveitamento político, as marchas ainda têm o propósito de homenagear um vulto da cultura popular em Silves, pessoa que estimo e nutre um grande simpatia. Pena que o destino o tivesse atirado para a Eternidade, com tão grande sofrimento.Este Homem,Adriano do Ó, merece uma Homenagem a sério de toda a população, até diria "porque não uma rua com o seu nome". Se alguém o merece pela cultura popular desenvolvida é ele. Aproveito para deixar aqui os meus sentidos pêsamos a toda a sua família.

José Meireles

Manuel Ramos disse...

Concordo, e associo-me aos seus votos de pesar. Extensíveis à família de Orlando Frade que, e sempre mal comparado nestas situações, esteve para Messines como o senhor Adriano esteve para Silves.
Obrigado pela lembrança.

Anónimo disse...

Não posso de deixar de concordar consigo. Se o Sr. Orlando também foi um vulto da cultura popular na Vila de Messines, deve ser prestada a Homenagem que lhe é merecida.

Não fiz referência, por lapso meu, e por o não conhecer e nem saber da sua existência (desculpe a sinceridade). Apenas soube pelo artigo publicado na Região Sul sobre as Marchas Populares, através do link deixado no seu artigo.

Estou em Silves há muitos anos e sempre que tinha disponibilidade assistia à participação do Sr. Adriano nas manifestações culturais mais populares, como o Teatro nos mais hilariantes papéis, nas cegadas pelo Carnaval, no enterro após os dias de folia no Carnaval e ultimamente nas Marchas Populares.
Não refiro a actividade do Sr. Orlando por a desconhecer. Talvez outros a possam referir com mais acuidade.

A minha ausência naquela semana não me permitiu um conhecimento atempado, para acompanhar o Sr. Adriano nas cerimónias fúnebres.

Aproveito para endereçar também os meus pesamos à família do Sr. Orlando pela perda familiar, que muito fez pela cultura popular em Messines.

Por último peço-lhe imensa desculpa por tomar este espaço para falar destas pessoas Sr. Adriano e Sr. Orlando que muito fizeram, culturalmente, pelo concelho, no e fora do concelho. Mas, ligado às Marchas Populares não pude deixar de enaltecer o trabalho desenvolvido por estas personalidades em prol da cultura popular.

José Meireles

Manuel Ramos disse...

Fez bem.