A intenção de compra da antiga fábrica de tomate não é de agora. Foi colocada pela maioria camarária há pouco mais de uma ano. Nessa altura reconheci a bondade das intenções (e que foram explicadas, mas nem todos ouviram ou leram) mas denunciei o facto de a pretender adquirir às pressas para integrar a despesa na dívida corrente (dívida que ainda não era) a terceiros, de forma a ser paga pelo programa de regularização das dívidas do Estado (vulgo, Pagar a Tempo e Horas). O que considerava ilegal, e contra o espírito da iniciativa do governo.
O Tribunal de Contas deu-me razão. Denunciei inclusivamente os termos do contrato, que teve segunda versão.
O Tribunal de Contas deu-me razão. Denunciei inclusivamente os termos do contrato, que teve segunda versão.
Mas nunca pus em causa uma situação que me parecia bem-vinda. Concentrar os serviços técnicos, de apoio e armazenagem da autarquia num só lugar, poupando assim meios, transportes e fiscalização, ganhando sinergias pela proximidade entre estes. O preço não comento, embora também ache que é um pouco elevado, e ao qual terá que se juntar o da sua recuperação. Mas existem na Câmara de Silves pessoas capazes de avaliar a situação, e sobre ela dar parecer sustentado.
Por outro lado, e em compensação, a câmara poderia libertar propriedade "indesejável" no tecido urbano cujo valor de mercado, acredito, é, ou será, muito superior à verba em consideração. A Câmara possui quase um quarteirão com oficinas na Rua Serpa Pinto; a Câmara possui instalações junto ao Mercado Municipal; a Câmara tem um parque de máquinas no Cerro da Guerrilha que já não tem expansão; a Câmara detém um espaço isolado e cobiçado nos Mourinhos; a Câmara tem um depósito de materiais na Fissul que, de tempos a tempos, tem que trasladar para realizar eventos...Enfim, muitos espaços, e com valor, que poderia alienar, fazendo a compensação por esta aquisição.
A centralização destes espaços, num só, tem claras vantagens, a todos os níveis.
Por isso, mantenho: é uma situação a considerar. Explicados os fundamentos que eu encontro para a compra, quem de direito promova uma isenta avaliação e explique o seu financiamento.
7 comentários:
Eu só pergunto, com que dinheiro?
Só mesmo aumentando os impostos municipais vão poder fazer face a mais esse encargo.
A pergunta deverá antes ser: com que condições de financiamento e capacidade de endividamento (que dizem ainda existir), já que, como refiro, o negócio libertaria, a prazo, património alienável em valor superior ao que se iria agora comprometer. Os impostos municipais não podem aumentar mais. São já dos mais altos da região, e nisso eu e a CDU não temos responsabilidades, ao contrário de outros que têm viabilizado, ano após ano (com e sem queijinhos limianos), os orçamentos deste município!
As condições de financiamento não são o mais importante. O importante mesmo a existência de dinheiro, pois é esse que paga as dívidas. E Endividar é deixar para as gerações futuras pagarem o nosso consumo imediato.
Capacidade de endividamento também não representa nada pois não é ela que paga dívidas. É um mero limite que nem é restritivo.
Se as taxas municipais não estão no máximo é possivel aumentá-las.
E se o negócio é assim tão bom como é que não aparece um privado para aproveitar essa oportunidade?
Cumprimentos
O financiamento é necessário porque não há liquidez. Só poderá haver após alienar os espaços camarários que referi, por enquanto ocupados.
E o negócio pode ser bom para a autarquia, pelas razões referidas, e não para qualquer outro por ausência dessas razões.
Está visto que os favores se pagam e lá vai a CDU dar uma mãozinha`ao PSD!!!
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É um concelho sem vergonha este.
De favores à CDU não sei; não vi nada. Refere-se aos votos dos eleitores em Messines...?
É um sapo difícil de engolir, não é? Sobretudo depois dos telefonemas do PS ao PSD para isolarem o vencedor das eleições. O que provocou a demissão da presidente da concelhia, enganada pelo seu próprio partido. Agora, coerência com anteriores posições ser vergonha!
Vergonha é dizer ontem uma coisa e hoje outra. Isso é caso para vergonha!
Assino sob pseudónimo, mas todos sabem quem sou: o grande e renovado Catatau!
Caro Catatau, confesso que não faço a minima ideia quem é o Sr.
Assim como o Sr. não fará ideia de quem eu seja, no entanto, lhe digo que ´não engoli qualquer sapo, pois não sou de Messines, espero no entanto que estejam satisfeitos.
Quanto às eleições já passaram, neste momento discutem-se outras coisas.
Mas pessoas como o Sr. tentam por todos os meios, desviar atenções, deixando os problemas e as questões do concelho para 2º plano!
Gasta-se muito em nada e esta tomatada é um exemplo disso, façam um pavilhão com todas estas infraestruturas é mais económico de certeza e deixem-se de guerrilhas partidárias, que nenhum tem jeitinho nem argumentos para isso. Governem para o bem comum.
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