em http://oglobo.globo.com/blogs/nahoradocafezinho/posts/2011/01/28/o-ser-megafone-por-mata-hari-359635.asp
Em dois dias o gabinete de comunicação da CMS lança duas notícias para a LUSA. Qual delas a mais disparatada, qual delas a mais demagógica, qual delas a mais anacrónica, enfim, qual delas a mais eleitoralista ou, veremos a seguir, qual delas a que mais colocará Isabel Soares na lista dos "nomeáveis". A fila já se faz, por aqui, mas não só. Vejamos: ontem foi a notícia de que Isabel Soares pedia ao próximo governo que quem ganha as eleições a nível autárquico deve governar sozinho, sem "oposição misturada". Que a oposição, agora em maioria na Câmara, não lhe permitiu agora fazer o que queria, atrasou-lhe um orçamento e o que não fez neste mandato, não fez por que não lhe deixaram. Imagine-se, e logo agora, quando o Tribunal de Contas vem dizer que, enquanto teve maioria absoluta praticou ilegalidades orçamentais e as contas de 2007 (depois das de 2003, em maioria absoluta) não prestam e tudo o que disse sobre as críticas da oposição (designadamente as minhas, quanto à situação de desequilibro financeiro estrutural, e de que certos acordos de regularização de dívidas eram empréstimos encapotados que oneravam a autarquia) não era verdadeiro. Temos agora quem nos dê razão mas que, infelizmente, quer meter todos no mesmo saco, quatro anos passados.
No segundo dia, vem a terreiro novamente o desassoreamento do Arade, assunto estafado que Isabel Soares meteu na gaveta em 1998 quando pediu novo projecto (mais restrito mas que levou mais trinta mil contos para a mesma empresa) e levou tudo para a estaca zero. Logo agora, com a crise que aí vai, apresentar ao putativo 1º ministro tal reivindicação! Faz sentido?
Todo o sentido, para quem à beira do fim duma carreira política autárquica, procura já, ainda antes dos foguetes estoirarem, um lugar ao sol como "first girl" aos lugares virtualmente disponíveis. Antes que a bomba por aqui rebente. Não é assim que todos fazem?
O pior de tudo, é que é um gabinete de comunicação social da autarquia, pago por todos nós, a promover uma campanha pessoal.
Isto para não falar das asneiras, históricas e outras, presentes em notícias geradas por comunicados "autárquicos" de que a LUSA faz "copy+paste" (inauguração da barragem do Arade nos anos 40, quando foi em 1956-59, do projecto que não tem 10 anos mas sim 16 desde que foi aprovado durante o mandato de José Viola)!
9 comentários:
A Teatrocracia de Isabel Soares em todo o seu esplendor.
O que nos vale é que para Passos Coelho arguidos não contam para nada e o mérito comprovado irá ser a base do desenvolvimento do País.
A ver vamos, como dizia o cego.
Primeiro tem que vencer as eleições o que não será fácil, dado o excelente trabalho de Sócrates, na área da criação de emprego e na defesa dos mais necessitados, que nem tanga já têm.
É comovente até às lágrimas o relato do que era Silves e a navegabilidade do Arade nos anos quarenta, altura em que ainda não existia a barragem.
É estranho que nem uma referência tenha sid0 feita quanto ao desassoreamento do Teatro Mascarenhas Gregório, do mamarracho junto ao mercado municipal e tantas outras situações que existem no concelho.
O espectáculo circense sempre foi caro e, quando os artistas são famosos nem se fala, custa os olhos da cara, como diz o Zé Povinho o tal do Bordalo Ribeiro.
...Bordalo Pinheiro.
Agradeço o reparo e peço desculpa pelo erro.
Não precisa. Acontece...
A humildade e a assunção dos erros cometidos nunca fica mal a ninguém.
É bem certo que a lição que recebemos de quem devia dar o exemplo aponta em sentido contrário, sendo fruto de muita arrogância e egoísmo, forma encontrada para camuflar a incompetência e a irresponsabilidade.
anonimo: e uma vergonha os leitores e cobradores de agua da camara e fiscais em vez de andarem a trabalhar andam nos cafes e a passear pela praia,e ainda por cima ganham ajuadas de custo.onde isto chegou
gostava que isso chegasse a reuniao de camara .
Boa tarde,
As ajudas de custo deveriam de ser averiguadas tais como as horas extraordinárias que continuam a existir, mas só para alguns.
Aos outros "sugerem" que façam voluntariado.
O Gabinete de Comunicação deveria de se preocupar em fazer o seu trabalho em vez de campanha eleitoral, ainda por cima mal feita.
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