- Aprovação da Acta;
- Informações;
- Antes da Ordem do Dia;
- Processos de Obras Particulares (34 itens);
- Processos de Obras Municipais (2 itens);
- Assuntos Diversos (12 itens).
Tratando-se da primeira quarta-feira do mês, iniciou-se a reunião pelas 10 horas com o período de audiência ao público, o que efectivamente não aconteceu, dado não estarem presentes quaisquer munícipes! E há quem se queixe...!
No período reservado às Informações a senhora Presidente trouxe alguns assuntos, muito embora continue em falta com a maioria do que lhe foi por mim solicitado desde há muito tempo. Refiro-me ao pedido de esclarecimento complementar sobre os contratos de factoring pela autarquia realizados (data de contratação, data de finalização, instituições bancárias e pormenores contratuais, o que é fundamental agora que se irá analisar o próximo orçamento e os compromissos que a autarquia tem pendentes), refiro-me aos termos do protocolo que se pretende celebrar com o proprietário do terreno junto à Cruz de Portugal e onde a autarquia já realizou obras(!), à informação sobre o que se passa realmente com a não abertura do parque de estacionamento ribeirinho (vedado por aquele "curral de cabras" que ora cai, ora se levanta), sobre se já deu ou não resposta ao abaixo-assinado da concelhia do PCP àcerca das tarifas da água, enfim, refiro-me à cópia do plano de pormenor e informações enviadas à Secretaria de Estado do Turismo sobre o projecto do "Atlantis Park" no Algoz. Sobre isto, nada, reunião após reunião sucedem-se as desculpas esfarrapadas, pior, o péssimo trabalho de casa e de preparação das reuniões, pois o que dá ideia é que nem apontam o que se lhes pede, mesmo havendo secretária redigindo a acta. Só visto!
Mas voltemos às informações da Srª Presidente. E aqui fica o primeiro apontamento cómico. A senhora presidente pergunta aos vereadores permanentes se traziam, conforme lhes fora pedido, sugestões para integrar o próximo Orçamento. Pedido? exclamaram quase em uníssono os "não permanentes". Mas como, se ninguém recebera nada. Difícil seria, pois a dita carta encontrava-se na pasta que no início de cada reunião é distribuída e contém o Resumo Diário de Tesouraria bem como a folha de presença! Vergonha, mas com pedido de desculpas. São pormenores. Foi de seguida distribuída, ou verbalmente dada, informação sobre diversos assuntos: verbalmente, sobre o início do processo disciplinar no dia 20 de Novembro pelos instrutores nomeados, embora ainda não fosse informado ou esclarecido como foi dada resposta ao que estes pediram em ofício à Câmara; ainda verbalmente, sobre ofício da IGAT que mal compreendi já que não me foi dada cópia, e a presidente não prima pela clareza, diga-se; se bem entendi a IGAT "desmarca-se" da situação do inquérito ou então acusa a recepção da participação da autarquia (pedi cópia do mesmo, mas nem isso se deu durante a reunião); foi dado conhecimento da presença da Polícia Judiciária na autarquia no dia 29 de Novembro e quando pedi esclarecimentos e cópia do mandato de busca e do auto de apreensão foi-me dito pela presidente que isso estaria em segredo de justiça! Protestei, é claro, mas qual é o segredo de justiça que não me permite ter cópia de um mandato de busca (segundo parece, ninguém o viu!) que viabiliza buscas feitas em instalações da câmara onde sou vereador; e dum auto de apreensão que somente faz inventário do que foi apreendido para investigação pela PJ nas instalações que são de todos nós?! Trata-se de segredo de justiça? Fica bem claro o que se entende por segredo de justiça e como serve para alguns! Enfim, face aos argumentos, a presidente ficou de saber se podia disponibilizar os referidos documentos (bem posso esperar!). Segunda-feira lá estarei para ir buscá-los.
Entretanto, outra informação é a notícia que a Presidente me deu: já não sou vereador substituto, mas de corpo inteiro, já que ao pedido de suspensão do Dr. Francisco Martins não correspondeu, após o prazo de 365 dias, um pedido de prorrogação e, assim, este terá renunciado ao mandato. Agradeço a informação.
Foram ainda distribuídos pareceres da ANMP e da AMAL respeitantes (e críticos) à nova Lei das Finanças Locais, ofício do IPPAR referente ao condicionamento do uso da Sé dado o mau estado da cobertura, ofício do Ministério das Obras Públicas sobre um pedido de agendamento de reunião feito pela Presidente e que desde logo adianta quanto ao desinteresse do governo pela implementação das circulares de Silves e Alcantarilha, bem como das obras de beneficiação da ponte (nova) sobre o Arade (eles já viram bem como está?). Foi ainda informado que foi passada procuração ao escritório de advogados de Lisboa, a PLMJ, para que avançassem com a queixa sobre quebra do sigilo no caso da divulgação pública do relatório de inquérito, na sequência da notícia do Público. Informou ainda a Presidente que, estando a ser preparado o orçamento para 2007, haverá necessidade de agendar reunião extraordinária para a semana que agora entra. No entanto, e por se deslocar a Marrocos (Rabat) a convite do embaixador desse país (embora não dissesse para quê!), ficará para mais tarde uma definição mais precisa da data.
Entrados no período de Antes da Ordem do Dia, a senhora presidente trocou-nos pela inauguração de um espaço na cidade (também não soube explicar o que era) que, segundo depois soube, terá algo a ver com a protecção de menores (e com todo o respeito por essa inauguração para a qual, pelos vistos, só foi convidada a Presidente, e na qual se poderia ter feito representar, direi que por aqui se vê o respeito que merecem à senhora presidente as reuniões camarárias. Aliás, em boa verdade se diga que, dos membros de toda a vereação, deverá ser o que tem mais faltas às reuniões, que a própria convoca, ultimamente nem se fazendo substituir!). Mas recomecemos. A vereadora Lisete Romão apresentou pedido para que fossem informados quais os valores implicados, e o cabimento orçamental do contrato com o já referido escritório de advogados da capital. A presidente, primeiro dizendo que já o havia trazido, foi por mim esclarecida de que o que havia trazido era o parecer do mesmo relativo à obrigatoriedade de pagamento dos factorings ao BCP, não o conhecimento da relação contratual existente entre a autarquia e este conhecido escritório, onde pontuam António Maria Pereira, José Manuel Júdice, Morais Sarmento, entre outros (de onde é que eu já conheço estes nomes?!).
O Dr. Fernando Serpa voltou a referir a necessidade de alteração de procedimentos administrativos, quanto ao licenciamento de obras que pode ser avançado previamente à aquisição de registo, manifestando a presidente quanto a isso acordo e tendo informado que tinha sido pedido parecer jurídico. Perguntou ainda sobre o início da discussão do Orçamento, assunto que já esclarecemos atrás. Pediu, aliás, exigiu ainda que o processo de Auditoria lançado pela Câmara sem conhecimento à vereação (o que já motivou da minha parte vários protestos) seja trazido a reunião, assunto em que não posso estar senão de acordo. Senão vejamos: a auditoria resultou de uma deliberação camarária (11 de Agosto); foi lançado concurso em 17 de Outubro, publicado a 20 de Outubro no DN; as propostas deveriam ser abertas em 6 de Novembro, segundo diz o próprio anúncio. Sabem os vereadores quem são os candidatos a concurso, sabem os vereadores alguma coisa mais? A maioria permanente não se deu ao trabalho de informar. Foi preciso que eu levasse uma cópia do jornal para que os vereadores do PS tivessem conhecimento. Mas agora exigi que me trouxessem uma cópia do Edital que, segundo a lei, deveria ter sido colocado em local público do edifício camarário.
Em continuação, a Drª. Lisete Romão repetiu o pedido já feito quanto ao custo envolvido nos fatos que são usados na Feira Medieval (isto depois de na última reunião perguntar por que não eram emprestados ao GRUTA), ao que o vereador Rogério Pinto respondeu não ser possível prestar tal informação, até pelas dificuldades actuais dos serviços quanto à preparação do orçamento. Perguntou depois pela abertura do ex-matadouro, ao que lhe respondeu o vice-presidente dizendo que agora não há constrangimentos à sua abertura, contudo problemas de pessoal, o que também é verdade para o Teatro e para a Biblioteca. O facto do Dr. Rogério Pinto dizer que agora a Câmara pode tomar posse administrativa do edifício, sem referir os compromissos assumidos com outro(s), desencadeou declaração da Drª Lisete que foi respondida com a correcção por parte do Dr. R. Pinto de que as outras duas instituições também o poderão usar logo que se formalizem os protocolos.
Na sequência da referência pela vereadora do PS da questão do Parque de Estacionamento ribeirinho tomei a palavra para dizer, em resposta a uma explicação frouxa (o empreiteiro não cumpre, há trabalhos por terminar, têm obras noutros sítios...) que o que devia ser dito era que a câmara (o Polis) não pagava, por isso não lhe entregavam as obras. É o que tem acontecido em todas as outras que, aparentemente acabadas, aí estão, à espera para funcionar. E mais, cabia ao Polis o dever de informação aos munícipes sobre aquela vergonhosa situação de espera. Para isso se comprometeram inicialmente a publicar boletim (?), a realizar website (?)... Nas vésperas das eleições não tiveram pruridos em colocar um outdoor e editar um flyer, profusamente distribuído pela cidade, onde davam notícia da inauguração do parque no dia das eleições (o outdoor ainda lá está à entrada da cidade!). Por que não o fizeram agora quando todos perguntam e querem explicações sobre o "curral de cabras", ainda fechado??! O silêncio tive como resposta. Entretanto, já não sei a que propósito, tivemos mais uma emocionada declaração do vereador Domingos Garcia a propósito do inquérito em curso, no mesmo sentido em que já se pronunciara na Assembleia Municipal. É incontestável a honestidade com que o faz. Mas também é claro, que não diz tudo o que sabe sobre de quem é a responsabilidade na adjudicação directa dessas obras e no seu desdobramento em múltiplas facturas. Esperemos que em sede de processo disciplinar, do qual depende a carreira de alguns funcionários públicos (não de políticos), alguns provavelmente seus amigos, não se fique por declarações tão vagas...
Enfim, apresentei ainda o meu protesto pela falta da entrega da documentação já requerida e que no início enunciei, enquanto o vereador Fernando Serpa ainda chamou a atenção para o estado da ponte na Foz do Ribeiro que requere atenção imediata, para a perigosa colocação da passadeira e baldes do lixo junto à bomba Galp (Nascente) de Silves e, mais uma vez, requerindo relatório pormenorizado sobre a situação da ETAR da bomba de gasolina da BP na IP1 e, caso se justifique, o seu encerramento imediato.
Depois, já nos Assuntos Diversos, mais uma abstenção da Oposição quanto a mais uma alteração às Grandes Opções do Plano e Orçamento, o adiamento (por ausência da Presidente) do Regimento Interno da Câmara (será que ainda é aprovado durante este mandato?), a aprovação do Regulamento de Autorização Municipal para Instalação de Antenas de Telecomunicações, os projectos de Protocolos de Cooperação no Âmbito do Desenvolvimento Desportivo e a ratificação pela Câmara das correcções ao Plano de Pormenor de Armação de Pêra que, pedidas em Setembro de 2005 pelo Governo, só agora estão prontas(!). Mais curioso, quando há meses atrás perguntámos à Presidente o porquê da demora na publicação deste Plano (essencial para salvar o que resta de Armação) respondeu-nos que o atraso era do Poder Central que não o publicava em Diário da República. Ficamos agora a saber porquê! É claro que, tal como já anteriormente fizera, fiz declaração em que manifestei o meu protesto por mais uma vez ter sido "mal informado" (desculpem o eufemismo) pela Presidente. E por aqui me fico...
P.S. - Acta já disponível.
37 comentários:
Dr. Manuel Ramos,
O senhor parece surpreendido por as pessoas não aparecerem, no entanto, eu acredito que o senhor saiba, que, se não aparecem, é porque estão profundamente desiludidas e desmotivadas com a actuação do presente executivo.
Não há credibilidade em quem tem vindo a presidir aos destinos do nosso Concelho.
As pessoas não vêm as soluções para os seus pedidos.
Quase tudo é boicotado,inclusive, mesmo pequenas coisas.
Por vezes em terrenos sem a mínima aptidão agrícola levantam-se problemas que não existem. Inventam-se desculpas e expedientes para inviabilizar, por motivos que nada têm a ver com a realidade.
Eu entendo que o ordenamento é muito importante, que as regras têm que ser respeitadas.
Tudo tem ser feito no respeito absoluto e escrupuloso da legalidade.
No entanto, pudemos ler na imprensa que a senhora Presidente estava a apelar ao poder central para considerar o "interesse público nacional" do investimento a levar a feito no Atlantis Park, em cerca de 5oo hectares (agora falam em 400 hectares), terrenos na maioria classe A, os melhores.
Isto sem falar do "Golf da Lameira" que é outro atentado contra a natureza, mas, aí, também já não há Reserva Agrícola nem Reserva Ecológica.
Quando as pessoas falam em reserva agrícola deviam pensar antes de o fazerem. Muitas das pessoas que falam em REN e RAN não têm a mínima idéia do que falam.
Essas pessoas deverão estar altamente preparadas é para falar em terrenos, mas de outra natureza.
Voltando, ainda, ao interesse público nacional invocado pela senhora Presidente para o Atlantis Park, como é possível acreditar nas suas palavras, quando ela não respeita as declarações de interesse público que ela mesma emite?
Será possível acreditar na senhora Presidente e no seu séquito de incompetentes?
Em primeiro lugar dou os meus sinceros parabéns pelo importante papel que o Dr. Manuel Ramos, vem desempenhando quer na Sessão de Câmara quer na informação que presta aos munícipes que têm acesso ao blog. Penso que, para além deste espaço onde todos podem reflectir, faz falta um colóquio, ou um debate público nesta ou naquela colectividade para que a população seja devidamente esclarecida e saiba quem é na verdade Isabel Soares ( porque muiiiiitos não têm acesso ao blog). É preciso mostrar à população em geral e aos reformados em especial, que o verniz está a estalar e que a Presidente não serve para utilizar os nossos dinheiros que são públicos. Fazer obra sem dinheiro. Há, também eu fazia mesmo que não soubesse ler nem escrever. Todos nós gostamos do que é bom e sabemos o que é bom mas ... não temos é dinheiro. As fugas à informação por parte da presidente, revela que quer fazer dos outros "parvos", ou a senhora se convenceu que está detentora do poder absoluto e como tal não presta esclarecimentos a ninguém. Esta atitude é muito má e já agora lembro que lá foi mais um ditador para debaixo da terra , "Pinochet" esse assassino que tirou muitas vidas e enlutou muitas famílias. A comunidade Silvense já viveu muitas perseguições, torturas, e prisões, etc, etc.E pelo que me foi dado saber, se a presidente podesse muitos daqueles que estão contra ela, já não circulavam. Seriam perseguidos e torturados. Felizmenmte que vivemos em democracia (penso)e o povo saberá mostrar-lhe o cartão vermelho na hora certa.
Essa de não se saber quanto se gastou no aluger de roupa para a feira Medieval, dá vontade de rir à gargalhada. E como desculpa põem a feitura do orçamento para o ano de 2007. Isso Dr. Manuel Ramos, só revela o desgoverno que vai nessa casa. Pelos vistos ninguém quis saber o quanto custou o aluger de roupas. Então e no ano anterior. A factura ainda não foi paga? ou ocheque foi assinado com uma venda nos olhos? E mais outra, então a presidente não é responsável pela adjudição das obras, então quem é? Bom, por este andar estou a ver que ainda vão culpar o manuel joaquim, ou o Zé. O mesmo zé que o Durão Barroso utilizou para aí num congresso do PSD, quando foi eleito presidente do partido.
Oh Dr. Manuel Ramos. Estava aqui a pensar que o senhor era capaz de dar um bom candidato. A sua frontalidade na abordagem dos assuntos, levá-lo-à longe. Pense nisso.
Obrigado, senhor Joaquim Meireles, pelo elogio. Agora não faça de mim já candidato, que é cedo. Primeiro quero saber, e dar a conhecer, tudo o que possa sobra esta desgovernada Câmara. Como seja, quem são os seus credores... E já sei alguma coisa! Quanto à frontalidade, é coisa hereditária. Afinal, sou neto de Manuel Joaquim Ramos, que muitos conheceram e todos reconhecem como homem frontal e honesto, como poucos! E um incansável lutador pela cidade e pela liberdade, nos tempos do "nosso Pinochet".
Para terminar, uma precisão: os fatos que a cãmara usa na Feira Medieval são propriedade da autarquia e por ela foram mandados fazer a um costureiro. Não são alugados. Por isso o grupo de teatro Gruta os pediu em empréstimo.
Cumprimentos cordiais.
Em resposta ao senhor A.F. que por lapso respondo depois do senhor Meireles, não lhe contesto razão. Mas pela experiência que já adquiri nos licenciamentos que têm passado pelas reuniões de câmara, há muitas situações que se afiguram ridículas e despropositadas derivado da deficiente classificação dos terrenos, ou até, do desajuste entre cartas de condicionantes (até a escala é importante aqui). Depois há as chamadas "razões ponderosas", um autêntico pau de dois bicos.
No caso do Atlantis tinha ideia que os terrenos não eram RAN, muito menos de classe A, até porque era zona industrial e de barreiros. Já na Lameira, no Reguengo, não. É, ou era, do melhor que o Algarve tinha como reserva agrícola!
Então agradecia que me informassem quem retirou os terrenos da Lameira da RAN?
Se era RAN quem deu o parecer favorável para construir o golfe?
Realmente o terreno era pode ser de 1ª . Então os senhores se tivessem um terreno agriculta que dá um rendimento de 10 u.m. e colocando lá um golfo da um rendimento de 100 u.m. o que fariam? (atenção estou a falar no geral e não a especificar este caso em concreto)
Obrigado
Joaquim Santos
Em resposta ao Sr. Joaquim Santos:
Quem deu o parecer favorável (após outras entidades) foi o antigo 1º ministro, Dr. José Manuel Durão Barroso, através da Resolução do Conselho de Ministros n.º 48/2003 de 29-03-2003.
Pode consultar tudo em:
http://www.diramb.gov.pt/data/basedoc/TXT_LN_25910_1_0001.htm
Antes dos terrenos serem afectos á RAN, já estavam classificados como Zona de Aptidão Turística (ZAT nº1)
Mais informações sobre ZAT no PDM de Silves (Capitulos IV e V):
http://www.diramb.gov.pt/data/basedoc/TXT_LN_2900_1_0001.htm
Espero que tenha ficado esclarecido!
Cumprimentos
Bom tanto quanto sei, parece-me que o terreno de que falam sempre foi RAN. Não se esqueçam que o D. Diogo, antigo proprietário da Lameira, sempre cultivou aquele terreno, Depois penso que foi vendido a um árabe para construir um grande Hotel, campos de golfe, etc. Depois já não era o Árabe mas sim uns irlandeses, que são aqueles que estão neste momento a transformar todo aquele espaço num negócio que não é para nós.
É claro que o antigo 1º ministro, passando férias à conta do então Pereira Coutinho, filho do D. Diogo, tinha que fazer um favor ao amigo. E assim se libertou o celeiro de Silves para dar lugar aos campos de golfe, que não tardam por aí.E a água ? esse bem tão necessário a todos nós e em especial aos Algarvios? Há! em contrapartida vão ver a sua factura aumentada, que é para os obrigar a reduzir o consumo e consequentemente pouparem água para regar os campos de golfe.
Agora eu só não percebo como é que se liberta um terreno da RAN com aquela área, sem alteração do Plano Director. Se fosse eu, tinha que continuar a trabalhar na agricultura.
Senhor José Meireles,
Quanto à água, sugiro-lhe que veja:
"www.geota.pt"
Posições 2005.
Cumprimentos.
A.F.
Dr. Ramos,
"Razões ponderosas", tudo bem.
O pior é que a balança está mal aferida, e parece que só pende para o lado dos.....amigos e...
A.F.
O tal "pau de dois bicos" de que falava o srº A.F..
Quanto à Lameira, já o PDM de 1995 falava na AAT (e não ZAT) para aquela área. Mal, é claro, como muitas outras coisas deste PDM. Mas nessa área, onde poderia ter sido implementado mais do que um NDT (Núcleo de Desenvolvimento Turístico), e à revelia de um protocolo que fora firmado com um dos proprietários da zona pela actual presidente, acabou por só se contituir um que reclama agora a totalidade das camas previstas (1300). Isto sim, deixa-nos com pulga na orelha...
Esqueci-me de dizer quanto aprecio a investigação que se vai fazendo (é isso que se vê) e que traz informação a todos nós. Já agora direi, num registo mais histórico: antes de ser RAN a Lameira era Morgado, o que desde logo lhe deveria ter garantido preservação enquanto terreno agrícola (reserva comum, de todos nós, que mesmo o liberalismo, apesar do Mouzinho da Silveira, preservou), pois não era geograficamente à toa que se delimitavam os ditos (Morgado de Quarteira, Arje e Boina, por sinal, todos eles hoje emprendimentos turísticos!). Na Serra não conheço nenhum. O que fazemos com as nossas melhores terras, estamos também agora a fazer com o mar. Quero ver quando destes recursos naturais básicos precisarmos! Pedimos ajuda aos "nuestros hermanos"?
Dr. Manuel Ramos,
Felicito-o pela referência que fez ao seu AVÔ, SENHOR MANUEL JOAQUIM RAMOS, pois, foi de facto um lutador, um HOMEM COM LETRAS MAIÚSCULAS, que sempre lutou, em favor dos desfavorecidos, contra o fascismo e todos aqueles que o personalizavam.
Para além de ter sido preso do fascismo, foi parte activa em todos os movimentos que se verificaram e encabeçou a candidatura do General Humberto Delgado, contra Salazar.
É-lhe devido, pela cidade e Concelho Silves, um acto de generosidade, pela coragem cívica que sempre demonstrou.
Fica-lhe bem a invocação que fez do nome de seu AVÔ SENHOR MANUEL JOAQUIM RAMOS.
Sinceramente lhe dou os meus parabéns, pelo excelente trabalho que vem desenvolvendo em prol da nossa cidade, aliás da nossa região, como vereador independente.
O Senhor diz, e muito bem. que não se pode pôr a carreta à frente dos bois.
Concordo consigo, porém, é altura de se ir preparando, pois meu amigo, coragem e frontalidade não lhe faltam.
A honradez e a honestidade correm-lhe pelas veias.
A vida é uma pedra de amolar. que nos DESGASTA ou nos AFIA, conforme o metal de que somos feitos.
O Senhor pertence ao último grupo.
BOA SORTE!
Os meus respeitos.
A.F.
Agradeço as suas palavras a meu respeito, que não mereço, mas sobretudo as que usou a propósito do meu avô. Vejo que o conheceu e dele guarda boa memória, o que faz de si alguém mais próximo, apesar do anonimato: como diz o ditado, amigo do meu amigo, amigo é!
Também gostei muito da frase, que não conhecia: "A vida é uma pedra de amolar (um rebolo, aqui em Silves é em grés)...
Obrigado.
E se me permite,porque não devia, mas só por poupança vou usar o mesmo espaço, aproveito para perguntar ao nosso anónimo onde fiz o dito "lapsus scriptum". É que não entendi, confesso...
DEFINIÇÃO
Trago heranças no corpo e alma que me definem
Coisas que me chegaram de avós esquecidos.
Mais que o corpo conhecido sou o rosto e a aparência de alguém já morto;
A alma que me coube foi desenhada por alguém que me inventou e trouxe do lugar onde eu não era.
Sou um resultado, um elo partido da cadeia que um dia alguém começou.
O que em mim acontece
É o passado que em mim desabrochou.
- Sou o que de mim fizeram
(Peço desculpa de não ser o que de mim alguém esperou).
(Para amenizar, adapta-se a qualquer um, não ofende, é lindo, de um poeta já falecido (1933-1978), que era tão Belo como a sua poesia! Um bom Natal para TODOS, também)
P.S. (de "post scriptum"): o autor chamava-se, e chama-se, porque os Poetas não morrem, RUY BELO.
Qual geota? o mesmo que tem impedido a construçao da barragem do Odelouca? E que tem feito um jeito ao governo.
Após aviso, e algumas horas (dias) de projecção cibernética, apaguei alguns dos comentários aqui "postados". Anónimos em diálogo "em crescendo", comentários e respostas em sequência e espiral agressiva, são coisas que não aprecio, não quero fomentar e que censurarei. Quanto aos critérios, apenas direi, são os que o bom-senso me aconselha.
Caro Manuel Ramos.Quero felicitá-lo pela decisão de apagar um certo "ruido" que andava no ar. É de homem. Aproveito para lhe agradecer o contributo que dá com o seu blogue para esclarecer o que se passa no dia a dia da Câmara Municipal e dizer-lhe que, pelo menos objectivamente os nossos blogues visam o mesmo objectivo.
Pela minha parte não contribuirei para o "ruido" que, objectivamente só serve à pessoa que nós sabemos.
O último comentário foi apagado, porque duplicado. Agradeço as suas palavras quanto ao serviço prestado por este blogue. Quanto aos objectivos, isso já é outro assunto. :)
Quem tem medo do ruído deve caçar com o silêncio.
Dr. Manuel Ramos,
Bonito, direi mesmo lindo.
No quinto comentário ao seu post "Enfim descansados, temos candidato...!", tive a oportunidade de me pronunciar sobre o assunto.
É com satisfação que constato, agora, convergência de intenções embora os objectivos sejam diferentes.
Com honradez, dignidade, elevação, e respeito pelas convicções de cada um, será possível sairmos da triste situação em que todos estamos mergulhados.
Para além do desassoreamento do Rio Arade, que não se sabe quando ocorrerá, temos que pensar no desassoreamento da cidade, que se encontra atulhada de escândalos. A limpeza é urgente.
Quanto ao comentário do senhor anónimo, que sugeriu, logo, que devia ser apagado, e face ao "APAGÃO" que ocorreu, com o que concordo, apraz-me referir que o ocorrido teve a virtude de neutralizar tentativas menos dignas de actuação.
Por outro lado, teve o condão de nos fazer chegar ao ponto em que nos encontramos.
A concordância e o elogio do Dr. Carneiro Jacinto são aspectos muito positivos.
Um bem haja ao Dr. Ramos pelo esforço que vem fazendo para nos manter informados.
Um bem haja ao Dr. Carneiro Jacinto pelo reconhecimento de tal facto.
Um bem haja a ambos, pelos consensos que possam conseguir, no sentido de dignificarem a imagem da nossa cidade, neste momento, tão maltratada.
O ruido acabou, mas uma pitadinha de ironia, de quando em vez, certamente cairá bem. Não concorda Dr. Ramos?.
VIVER COM HONRA É VIVER ETERNAMENTE.
Os meus cumprimentos.
A.F.
Dr. Ramos,
-A propósito das desculpas esfarrapadas, do péssimo trabalho de casa, da falta de esclarecimentos e respostas às mais diversas questões levantadas, como o Senhor Vereador refere no seu post, parece-me coerente dizer:
Por favor, senhora Presidente;
-Esqueça, de uma vez por todas, que a senhora é imprescindível, tudo funciona sem a sua actuação, a não ser. a senhora Presidente.
-Os factos demonstram-no (a senhora não sabe. a senhora nada tem para dizer ou esclarecer, a senhora ignora a dignidade que a primeira figura da Autarquia deve possuir).
-Reconheça que, porventura, é a hora certa de sair de cena.
-É a hora certa de abandonar o palco.
-Já o devia ter feito, mas talvez não seja tarde. Ao menos sairia com uns resquícios de dignidade.
-Não perca o sentido da importância subtil de uma saída discreta.
-Será pedir muito? Olhe que não.
A.F.
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