21.1.08

Aqui fica mais um capítulo da novela

Publico hoje o relatório do processo disciplinar instaurado ao Dr. Carlos Sequeira, Chefe da Divisão Financeira da Câmara Municipal de Silves até 2006.

Da autoria de Conceição Godinho, funcionária da Câmara Municipal de Olhão, foi terminado em 15 de Fevereiro de 2007.

Como hoje todos sabem, culminou numa pena de suspensão por 60 dias e na cessação do cargo de chefia que este exercia.

Já reflexo da publicação desta novela saiu hoje no Correio da Manhã, uma referência noticiosa a este respeito.
Já agora fica a referência para a entrada em vigor do Regulamento do Plano de Pormenor de Armação de Pêra e a notícia do mesmo jornal. Este Plano de Pormenor foi publicado no Diário da República nº 13, 2ª série, de 18 de Janeiro de 2008, pp.2671 a pp.2703 (atenção ao download de mais de 12 Mb).

3 comentários:

Anónimo disse...

Meu Caro Manuel Ramos,

Acredite que, apesar de termos perspectivas políticas que não são convergentes, tenho admiração por si, pela sua capacidade de análise, pelo seu equilíbrio no raciocínio e, até, pelo sentido de justiça e equidade que os seus escritos deixam transpirar.
Como já alguém disse, neste ou noutro blogg, o Caro Manuel é, de facto e, sobretudo, politicamente a face visível e crível da oposição em Silves.

Mas isso, em vez de lhe dar prerrogativas, meu Caro, importa-lhe responsabilidades.

E, deixe-me que lhe diga, caro Manuel, este seu post, assim como o que se refere ao Sr. Vítor Rocha, têm "pecados" que não posso deixar de sublinhar e sei que o Manuel vai entender o que lhe escrevo.

Percebo, e estou consigo nessa preocupação, a população silvense tem direito a saber o que se passa na Câmara. E a Câmara tem obrigação de informar a população. Até aqui, perfeito.

No entanto, há que ter redobrados cuidados e acrescida cautela quando se divulga publicamente processos disciplinares, como fez o Manuel.

E digo-o, não pela informação que contém sobre a Câmara Municipal e quaisqquer alegadas e eventuais responsabildiades políticas quje possa questionar-se, mas pela exposição pública que faz dos funcionários que são alvo dos processos disciplinares. Quer o Sr. Vítor Rocha, quer o Dr. Carlso Sequeira viram-se totalmente devassados e expostos publicamente.

Deixe que lhe pergunte: o caro Manuel questionou os dois funcionários sobre se se oporiam a que os seus nomes fossem, neste contexto específico e concreto, expostos publicamente?

Para além deste aspecto, caro Manuel, deixe-me lembrá-lo que há dois palcos preferenciais para tratar com diligência, eficiência e recato que permita proteger os visados nos processos disciplinares: as reuniões de Câmara e a Assembleia Municipal. Sugiro-lhe que, com a mesma determinação, leve estes assuntos àqueles órgãos. E, aí sim, deve destilar-se tudo o que contém estes relatórios, peça-se aí a assumpção das responsabilidades políticas que se presumam existir.

Já agora, Caro Manuel, peça também nesses órgãos informação sobre os recusos interpostos pelos visados nos processos disciplinares, se é que ops houve. Isso sim tem interesse quer político quer jurídico.

Deixe-me enviar-lhe um abraço, com consideração pessoal,
Sancho de Bragança

Anónimo disse...

Dr Manuel Ramos,
Louvo a sua coragem, a sua frontalidade e o seu espírito de sacrifício, por perder tanto do seu tempo com uma causa que é de todos.
Depois de tudo o que já se sabia, tive oportunidade de ler os relatórios que publicou no seu blog.
É de pasmar a indiferença e a impunidade instalada, perante situações tão graves e lesivas.
Atiram-se as culpas para cima de pessoas, que são simples peões num jogo em que quem decide e tem a responsabilidade máxima, em vez de a assumir, a sacode para cima dos outros.
estamos numa situação de descalabro total.
Temo pelo futuro dos nossos filhos e dos nossos netos.
Já estão sofrendo e o futuro adensa-se cada vez mais.
Louvo o seu trabalho, mas tenho que ser franco, o senhor nada num rio muito caudaloso e contra uma corrente muito forte.
Num país em que a justiça não funciona o que se pode esperar?
Num país em que os velhos morrem à míngua e nos corredores dos hospitais, crianças em ambulâncias à porta de hospitais e um sem número de situações duma gravidade tremenda, o que se pode esperar?
Num país em que tudo fica por esclarecer de forma convincente, depois dos processos andarem pelos tribunais durante décadas, o que se pode esperar?
Quando há situações graves, como é o caso de Silves, a primeira coisa a fazer seria afastar todas as pessoas alvo de suspeitas, enquanto decorressem as averiguações, para evitar manipulações, Isso não significaria, óbviamente, atribuir culpas, mas tão sómente criar condições para uma investigação séria a credível, sem interferências ou manipulações.
Não sei se já reparou que, até muitas das pessoas que sentiam vontade de participar e emitir opiniões deixaram de o fazer, porque estão cansadas e desiludidas com tanta indiferença por parte de quem tinha a obrigação de olhar por este país.
Desejo um final feliz para a sua novela.
A.F.

Manuel Ramos disse...

Mais uma vez obrigado, pelos vossos (neste caso AF) comentários. Mas não devemos perante tudo o que parece intransponível esmorecer, antes ganhar novas vontades e alento. É assim em tudo na vida, aliás, é isso que ela mais nos ensina.Quando seguros das nossas convicções, quando unidos na defesa dos nossos direitos, juntos somos a verdadeira soberania. Dizia-se e é verdade, embora muitos que antes o gritassem hoje se envergonhem:"O Povo unido jamais será vencido!"
Se não acreditam, perguntem ao pessoal de Vale Fuzeiros...