Eu sei que todos queriam aqui ler hoje alguma informação sobre a reunião de câmara extraordinária de que dei notícia no tópico anterior, e ocorreu entre as 15.30h e as 17h desta quinta-feira. É natural. Prometo que a darei muito em breve. É tudo muito recente, o debate foi por vezes aceso, os pormenores sensíveis, as questões múltiplas. É peciso dar tempo para que assentem, é preciso dar tempo à reflexão sobre o que ocorreu.
Deixo-vos entretanto com outras novidades, embora ainda não com o relatório do processo disciplinar do Engº Henrique Brás que também aqui publicarei brevemente, mas com outras que a comunicação social nos vai trazendo sobre o concelho:
- Câmara de Silves promove serviço de apoio a deficientes (jornal Região Sul);
- 2 e 3 de Fevereiro, Torneio de Escolas de Futebol em Messines, com organização da UDM (jornal Região Sul);
- No Algoz, S@ber +, programa de acções de formação de curta duração (50 horas), gratuitas e para maiores de 18 anos, em várias matérias (Língua Portuguesa para estrangeiros, Inglês, Espanhol, Matemática para a Vida e Informática). Informações e inscrições na Escola E.B. 2,3 de Algoz;
- "Praia Grande - Plano de Pormenor repete erros", é o título da notícia do jornal Avante sobre a crítica posição e o voto contra dos eleitos do PCP na Assembleia Municipal de Silves a propósito da recente aprovação deste instrumento de ordenamento do território.
P.S.- E já hoje, sábado, o título do Correio da Manhã é "Empresário explica como a Câmara desviava material" (agradeço ao anónimo que me alertou).
2 comentários:
2008-01-26 - 00:30:00
Silves: Irregularidades investigadas
Empresário explica como Câmara desviava material
O gerente da construtora Viga d’Ouro acusa a Câmara de Silves de “retirar materiais de construção” de obras requisitadas à empresa, para depois usar em outras intervenções da autarquia. O empresário justifica assim o “elevado número de facturas passadas a cobrar matéria-prima”.
António Aleluia explica que “era colocado material numa determinada obra, mas depois quando a câmara precisava para outras intervenções no concelho os funcionários iam lá buscar sem ser nada apontado”. Na sequência deste procedimento da autarquia, a empresa era “obrigada a colocar e cobrar mais material para acabar as obras”.
O empresário garante que apenas facturou “os trabalhos que foram realizados”, mas a análise das obras, referida nos inquéritos disciplinares a funcionários da autarquia, feitos por auditores externos, levantou suspeitas de cobrança excessiva, sobretudo, de inertes. Foi ainda detectado que a construtora emitiu cerca de 1200 facturas, com numeração seguida, com valores ligeiramente abaixo do máximo estipulado por lei (4 987,98 euros), dispensando concurso público.
O gerente da Viga d’Ouro garante que “a presidente tinha conhecimento de todas as obras, porque era ela que mandava, e sabia de tudo o que se estava a passar”.
Em declarações ao CM António Aleluia aconselha Isabel Soares a “arrumar a casa [câmara]” e considera “triste que descarregue as culpas em técnicos que não mandavam nada”.
O CM tentou obter uma reacção às acusações da parte da presidente, mas não se mostrou disponível.
O gerente da Viga d’ Ouro receia que os bens da empresa sejam penhorados porque a câmara não paga aos bancos (BCP, CGD e BES) com quem a presidente assinou contratos de factoring. António Aleluia queixa-se de que está a pagar “cerca de 50 mil euros de juros, por mês, de uma dívida que a autarquia assumiu, mas não pagou um cêntimo”.
A empresa avançou com dois processos cíveis, no Tribunal de Loulé, a exigir o pagamento das facturas e juros acumulados. Seguiram para serviços judiciais de Lisboa onde os bancos estão sediados.
OPOSIÇÃO CONFRONTA ISABEL SOARES
Isabel Soares nega ter a autarquia instaurado um processo contra a Viga d’Ouro. Confrontada pela Oposição, que não desiste de ver atribuídas responsabilidades políticas em todo este imbróglio, a autarca disse, anteontem, em reunião extraordinária do Executivo, desconhecer ao certo o valor das dívidas da CMS à empreiteira, nomeadamente dos factorings. Quanto às despesas com a firma de advogados PLMJ, esclareceu ter a CMS pago 10 183,91 euros de honorários num processo e mais 33 425, 25 pelo acompanhamento dos processos de inquérito no caso Viga d’Ouro. A auditoria aos contratos estabelecidos pela CMS de 2004 a 2006, pela PLMJ, ainda não foi iniciada. Os autarcas vão solicitar à PJ “urgência no aprofundamento do processo”, a que será junta cópia da acta da referida reunião.
Rui Pando Gomes com A.P.
E ESTA! HEIN?
€10.183,91?.... €33.425,25?........................................................??????????????????????????????????????
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