28.4.06

Conta de Gerência de 2005 no jornal Região Sul

Este foi o conteúdo do esclarecimento prestado à imprensa na sequência da reunião camarária de 24 de Abril que aprovou o Relatório e a Conta de Gerência de 2005, imposto pela minha necessidade de demarcação e repúdio por tão grave situação:

Caros Senhores,
Na sequência da reunião da vereação da Câmara Municipal de Silves, realizada no dia 24 do corrente para apreciar e votar o Relatório e a Conta de Gerência respeitantes a 2005, e considerada a gravidade da deliberação ali tomada (aprovação com quatro votos favoráveis do PSD, 2 votos contra do PS e um voto contra da CDU), considerados também os valores de execução do orçamento do ano 2005, bem como o passivo corrente actual desta autarquia (aproximadamente 27 milhões de euros, quase duplicando o valor de 2004, o que configura já uma situação de "falência técnica" nesta autarquia) venho colocar à vossa disposição a declaração de voto do vereador independente eleito nas listas da CDU. Procuro assim, caso seja vosso entendimento, dar público conhecimento do veemente repúdio e protesto que me merece a desastrosa condução financeira conduzida pela Presidente Isabel Soares e o seu executivo PSD.
Com os meus cumprimentos.

Manuel F.Castelo Ramos
Vereador Independente pela CDU na C.M.S.

E este é o teor da notícia publicada no referido jornal diário on-line (clique para ver).
P.S.- Leia aqui também o comentário à situação financeira autárquica realizado pelo economista Francisco Martins (candidato eleito pela CDU com mandato suspenso), publicado no jornal Terra Ruiva (Maio, nº 68)

5 comentários:

Anónimo disse...

Oh dr Ramos falência ténica com uma divida de 27.000.000,00€? Essa não lembra ao diabo , mas como o meu amigo é; julgo , agnóstico , nenhum mal vem ao mundo.
Que me diga que a divida está mal distribuida, aí até concordo, que perferia ter esta divida a longo prazo do que a curto / médio prazo , também assino por baixo , mas como sabe o Municipio de Silves é um dos que tem maior margem de endividamento financeiro disponivel, devido à lei do endividamento zero é que não pode transformar a divida de curto prazo em longo médio prazo, mas FALÊNCIA TÉCNICA???. Vamos fazer um exercicio meramente académico O dr Ramos aufere em conjunto com a esposa 75000,00€ ano, resolve adquirir um imóvel para viver que lhe custa 100.000,00€ estará o dr Ramos em falência técnica? aqui é mais o instituto da insolvência mas adiante!!! é evidente que não porque tem a divida ,tem o rendimento que se renovará ao longo do anos e que lhe permitirá ir pagando a divida e, tem o bem ( o municipio tem as obras) por isso falência técnica parece-me digamos excessivo , mas o meu amigo também não é técnico da area por isso perdoo-lhe a imprecisão.

um bom dia para si e para os seus

Manuel Ramos disse...

Começo pelo fim: perdoar são os padres que o fazem, ou os técnicos da área, o que também não é o seu caso.
Quanto à FALÊNCIA, ela só é técnica, porque é do Estado que se fala. Recordo só que neste imenso rol de dívidas de curto prazo da autarquia (32 pgs.)há empresas locais credoras de mais de 2 MILHÕES de euros! e com atrasos nos pagamentos que ultrapassam um ano (o que não poderia acontecer no exemplo que usou, pois a banca por esta altura já teria usado da hipoteca dos meus bens!).O mesmo não o podem fazer as empresas credoras. Se não vai a câmara à falência, irão elas, pois custa-me a entender como têm meios ainda, até para reponder ao pagamento adiantado de IVA.Pela forma atrasada como paga actualmente este passivo, em bom rigor, já parece passivo financeiro de longo prazo, só que com juros bem maiores do que se pagam na banca.
Para terminar, e não sou eu que faço as contas, chamo somente a atenção para um rácio económico-financeiro bem claro que se apresenta no Relatório (pg.52). O da "SOLVABILIDADE" (Fundos Própios/Fundos Alheios): 1,400 em 2004; 0,907 em 2005, o que, mesmo para um não técnico, significa uma só coisa - Insolvência.

Anónimo disse...

Meu bom amigo retiro de imediato o perdão, mas sabe é a minha cultura judaico cristã que me faz ser assim :)! Mas e aproveitando esta pequena janela que me dá o prazer de cruzar ideias comigo digo-lhe você Manuel Ramos é muito pior que São Tomé :) É que você podia ver as mãos e o lado e não veria a verdadeira luz imanada do Cristo redentor :) ! Pronto se não me considera técnico da área da finança , da banca, que posso eu fazer ? nada do que lhe disser o vai demover ... mas um dia se tiver tempo mando-lhe o meu curriculum ( em latim é sempre mais erudito) e talvez se acredite que ou mais da área do que julga. Mas mesmo assim , apesar de o municipio estar tão mal como apregoa , não acha estranho que os bancos se degladiem para financiar o municipio e lhe concedam spreads inferiores ao das parangonas do Barclays para o crédito à habitação? E já agora se tiver tempo e paciência informe-se se nos termos de avaliação de activos do Basileia II o municipio de Silves não é um AA ? se for menos pago-lhe um almoço, se me quiser dar esse prazer é claro! E Finalmente se o seu banco o executa por tão pouco um conselho de amigo mudo rápidamente de banco:)
PS. Se não me vir por aqui no seu sitio para a próxima semana , não julgue que amuei ... ´é que apesar de não ser da área vou a um pais europeu a convite de um banco local. Local de lá não de cá :) um enorme bem haja ( estou na duvida se leva h ou não ) é optimo poder escrever aqui ! Um optimo fds

Manuel Ramos disse...

Não resisto à polémica. Mas só para fazer o seguinte exercício silogístico: se o facto de ser administrador bancário faz de si especialista em economia/finanças, o facto de eu ser vereador e você ter renunciado, faz de mim especialista em gestão autárquica. Raciocínio grego, sempre mais erudito!, mesmo quando comparado ao latino. Quanto a curriculum, podemos trocar, como se fazia com os cromos, lembra-se?:)
Agora, a sério: Basileia II nada me diz quanto aos riscos actualmente assumidos pela banca nacional (basta ver o que oferece a torto e direito a um país em bancarrota), mas uma coisa lhe digo: aplicassem as empresas o mesmo critério - embora para sobreviver não possam - e não teriam créditos pendentes na C.M.S. na ordem dos 27 milhões de euros!

Manuel Ramos disse...

Uma outra coisinha que evitou: que me diz ao rácio (ratio) que dá pelo nome de SOLVABILIDADE?