15.1.07

Espaço de Informação

6 comentários:

Anónimo disse...

Dr. Manuel Ramos,
Desculpe a ocupação deste espaço, porque o que vou relatar é, na verdade, um "desabafo", mas não encontrando o adequado, optei por este, onde o tema "saúde" melhor se enquadra.
Bateram-me hoje à porta, porque a minha mãe estava muito mal, estendida num banco perto da casa dela, onde costuma "apanhar sol" e conversar com as outras vizinhas que, normalmente também sós, fazem ali ponto de encontro.
Relataram-me que apenas se mexia, não via, não ouvia, não falava. Fui a correr e, felizmente, ela começou a recuperar, apoiada por uma vizinha e por uma jovem que, sem a conhecer, já chamara o 112 e tentava mantê-la na posição que lhe haviam recomendado, com modos muito carinhosos.
Apareceu o 112, meteram lá a minha mãe, MAS EU NÂO PODIA ACOMPANHÁ-LA!
Tenho carro mas não conduzo, devido a acontecimentos antigos que não consegui ultrapassar, e que não vêm ao caso, e o meu marido é que o faz.
Achámos muita demora, fomos espreitar: estavam a fazer-lhe um pré-exame, porque a minha mãe NÂO PODIA DAR ENTRADA NAS URGÊNCIAS DO CENTRO DE SAÚDE DE SILVES, e só após comunicção via rádio iriam decidir se iria para os Centros de Albufeira ou Portimão. Claro que acabei por lá entrar, por ela não estar em estado de responder às perguntas que lhe faziam: para lá do sucedido, sofre de Alzheimer e teve, há pouco, problemas cardíacos. Tudo explicado, fui convidada a sair "PORQUE O SEGURO QUE TÊM NÂO COBRE OS RISCOS DO ACOMPANHANTE, EM CASO DE ACIDENTE".
Corremos para Albufeira, onde o 112 despejou a minha mãe como se de uma mercadoria se tratasse, e desapareceu!
Depois de muitos corredores passados, encontrei-a, fazendo exames.
Falei com a médica sobre o estado de saúde da minha mãe e o "estado da saúde em geral", que eu tento compreender, mas não consigo.
Soube ainda que as urgências do CSSilves passaram para o de Albufeira, sem este ao menos ter sido avisado, sem acréscimo de pessoal, enfim, tudo feito "à boa maneira portuguesa".
Ela felizmente está recuperada, dentro das suas limitações, e eu venho revoltada com a saúde que temos, e que, afinal, também está doente, como outros sectores da nossa vida.
A minha mãe tinha-nos lá, interessados, à sua espera. Mas soube que há pessoas idosas que são "despejadas" de igual forma, ficando sós, abandonadas, sem remetente, e o Centro faz esforços, contactando lares e outras entidades para tentar fazer a sua "entrega".
Fala-se muito mal do atendimento nestes lugares, mas aqui eu quero fazer elogios e deixar agradecimentos: à Sra. Dra. Estrela, que nos atendeu fazendo jus ao nome que tem, ao jovem e atencioso Enfermeiro que ajudou, à funcionária da secretaria, de quem não me lembro o nome, mas sei ser de Pera e filha do antigo e, infelizmente, já falecido Presidente da Junta de Freguesia, José Assis.
À jovem Ana Raquel, que trabalha no SIG, da CMS, e que chamou o 112! Aqui, como em todo o lado, felizmente há pessoas boas, bonitas e trabalhadoras, que merecem o meu elogio e agradecimento.
A si, também, Dr. Ramos, pela "disponibilização" do espaço!

Manuel Ramos disse...

Pois é, cara amiga, é nestes momentos que mais valor damos á solidariedade humana. Mas só ela não chega, e os cuidados de saúde neste país vão de mal a pior. Apesar de um velho slogan eleitoral do PS "O que interessa (?) são as pessoas" e de ter sido este a institucionalizar o Serviço Nacional de Saúde.Mudam-se os tempos...
As melhoras da sua mãe!

Anónimo disse...

A Comissão Concelhia do PCP em Nota de Imprensa insiste, e muito bem, no pedido de demissão da Presidente Drª Isabel Soares, com base em todo um conjunto de irregularidades e arbitrariedades cometidas no âmbito do relacionamento ilegal com a Empresa Viga d'Ouro.
Nada está apurado, ou, se está, não se conhece o resultado.
Vamos aguardar com serenidade o desenrolar dos acontecimentos, pois, a verdade é como o azeite, por maior agitação que se provoque, vem sempre ao de cima. Aguardemos, portanto.
Só que os custos desta situação são elevados.
Qualquer cidadão com um pouco de sentido crítico, não necessáriamente do PCP, reconhece que algo está errado e que se impõe uma mudança rápida de actores, porque os actuais já estão cansados e gastos.
Surpresa das surpresas é a posição da Distrital do PSD, liderada pelo Dr. Mendes Bota, que vem em apoio da Drª. Isabel Soares, querendo demonstrar com isso solidariedade política, sem saber ainda dos resultados das averiguações, que se diz estão a decorrer.
Mais cómico, é que foi o Dr. Mendes Bota que destronou a Drª. Isabel Soares da Presidência da Distrital do PSD, com base em argumentação que justifica todo o conjunto de arbitrariedades e irregularidades que estão sob suspeita.
O aparecimento do Dr. Mendes Bota em apoio da DRª. Isabel Soares vem dar sentido à velha máxima:
"Todo o pé aleijado, procura uma bota torta".
A.F.

Anónimo disse...

Drª Lúcia
Aquilo que me escreve a cerca dos serviços de saúde, pessoalmente não estranho. Estamos em Portugal e isso diz tudo.
Eu pessoalmente já pedi ao INEM há cerca de 7 meses, que em caso de emergência eu seja logo transportado para uma unidade de hospitalar, à minha responsabilidade quer financeiramente quer judicial, caso responsabilizem os bombeiros pelo transporte sem a autorização daquelas entidades. E fiz por uma razão. Não confio no INEM nem no VMER outros que tal. A razão é simples o tempo que levam a atender, a fazer perguntas e o tempo que levam a chegar ao local. E como e meu conhecimento pratico muitas vezes os bombeiros chegam primeiro que o VMER e tem de aguardar que aquele meio chegue para dar autorização. Ou então, tenho quase a certeza, que o VMER abala de Portimão o Albufeira e depois e que dizem aos Bombeiros para saírem para o local para o VMER ser o primeiro a chegar.
E afinal tinha razão a 7 meses atrás, basta ver o que aconteceu em Odemira, 7 horas para chegar a Lisboa e o doente acaba por falecer. E o ministro da saúde vem dizer que todos os procedimentos do INEM estavam certos. Gostava de saber, quanto tempo levaram os bombeiros no local a espera que tivessem autorização para levantar o doente?
Sinto tristeza pela falta de conhecimentos e apoio que dos familiares do falecido.
Provavelmente vão aceitar os comentários do ministro e de todos os políticos. Por razões sociais e políticas sempre acataram os comentários daqueles com naturalidade.
Ainda bem que não sou politico, ….

Anónimo disse...

Dr.Manuel Ramos,
Encontrei CN, que se identificou, e manifestou decepção por eu não lhe ter respondido. Afinal é um amigo meu, pelo menos assim o considero, e, tratando-se de um jovem, que espera resposta de alguém mais velho, dir-lhe-ei que agradeço a sua intervenção que, penso, veio em reforço e apoio da minha, e agora que sei de quem se trata, reconheço-lhe alguma experiência na matéria, sabendo do que fala.
Para não mostrar falta de cortesia para com os outros intervenientes, Dr. Manuel Ramos, no que respeita à sua resposta, que me parece expressa em três vertentes, agradeço-lhe muito qualquer delas.
"Last, but not the least", A.F., cujo discurso aparentava estar fora de contexto, até que, no final, percebi a ligação: trata-se da saúde dos pés!
Aprecio muito os seus eruditos discursos, as suas citações filosóficas, as suas máximas, que se percebem ditadas por uma mente brilhante, mostrando-se entendido em todas as matérias, agora também em podologia, que teve recentemente grande desenvolvimento, e bem, porque afinal os pés, muitas vezes desprezados, são também as nossas bases.
Pela parte que possa eventualmente tocar-me, gostaria de lhe dizer que o meu pé se mostra reconhecido pelo seu cuidado na escolha da bota adequada. Como não sei a que pé se refere, informo-o de que, o que agora lhe agradece é o direito, o mais recentemente aleijado, porque o esquerdo também já o foi, embora com repercussões diferentes. Assim sendo, o defeito deve ser meu, de certeza congénito, e que se chama falta de mimetismo, aquela característica com a qual a Natureza dota apenas algumas das suas espécies.
Por certo A.F. será livre de fazer as suas escolhas, pelo que deverá, agora, permitir-me que exerça, também livremente, as minhas, naquilo que ainda me é permitido fazê-lo. Se a bota me magoar, o problema é só meu!
Apeles também disse "Não suba o sapateiro acima da sandália".
A "outra" Bota, se entender, que lhe responda, mas duvido que o faça, a menos que por interposta pessoa!
Em resumo: use as liberdades de expressão e de escolha que entender e que, como muito bem sabe, terminam, agora, onde começam as minhas!

Anónimo disse...

Drº Lúcia
Como lhe referi pessoalmente e afirmo aqui que afinal tenho toda a razão (sem ser presunçoso). Mais um português morreu por falta de assistência. Mas já melhorou, só levaram 4 horas. Daqui a pouco tempo as mortes por falta de assistência primaria no socorro é igual aos mortes na EN125. Depois dos cortes e ajustamento no Sistema Nacional de Saúde o nº de mortes é igual ás mortes por doenças cardíacas. Só espero me enganar.